A origem do método de economia coletiva vem de muito longe, desde a Antiga Grécia, quando as pessoas previdentes, voluntariamente, procuravam se reunir para criar um meio de enfrentar as conseqüências adversas de qualquer acontecimento fortuito.
Essas primeiras associações de ajuda mútua foram as primeiras manifestações de Previdência Social. Asseguravam aos seus contribuintes inicialmente empréstimos, depois, despesas com funerais e assistência em caso de doença.
Deram origem a várias outras entidades como as confrarias ou irmandades, que ampliavam os seus quadros de auxílios; além da doença e morte, já complementavam, a velhice e a invalidez.
Essas associações proliferaram por toda a idade média até a Revolução Francesa quando desapareceram. Na Revolução Francesa, motivos políticos proibiram a associações de trabalhadores.
Nessa época a humanidade estava diante de outra revolução, a industrial. O aparecimento da máquina mudou inteiramente o processo de produção de utilidades. O homem, então, desempenhava essa profissão por conta própria, individualmente ou num regime de economia familiar.
Nessa fase artesanal, ele era o dono de instrumentos de trabalho e o grupo familiar poderia participar da produção de utilidades.
O homem até então ligado às atividades do campo, partiu para as cidades em busca de melhores condições de vida, dando origem a uma nova classe social: "o assalariado”.
O processo trouxe um novo problema social, o acidente do trabalho, que impedia o operário de trabalhar, e conseqüentemente. de receber o salário.
Multiplicava-se espantosamente o número de acidentes, causando problemas sociais com mais e mais famílias na miséria.
Essa questão social passou a preocupar o governo da Alemanha. Várias fórmulas já tinham sido tentadas para solucionar o problema social como, por exemplo, sua culpa no acidente sofrido pelo trabalhador.
Mas nenhuma delas surtiu efeitos desejados, e já não restava ao governo outra alternativa senão a do seguro social obrigatório.
No século XIX, a Alemanha atravessava uma fase difícil, Bismark, estadista Alemão, aproveitando o descontentamento gerado pelos acidentes que ocorriam no trabalho, no manuseio das máquinas, apresenta ao parlamento Alemão, em 1881, um projeto, criando o seguro obrigatório para Acidentes do trabalho, o que foi recusado.
Insistiu com o seguro doença, que foi aprovado. Foi promulgado, então na Alemanha, a primeira lei de seguro obrigatório no mundo, em15 de junho de 1883. No ano seguinte, surgiu o seguro acidente e, após cinco anos, o seguro obrigatório para invalidez e velhice.
O fato de o Seguro Social ter aparecido inicialmente na Alemanha, se deve também às idéias sociais predominantes na época. A Inglaterra, apesar de se encontrar também na dianteira, na era industrial, teceu críticas à Alemanha pela instituição do Seguro Social obrigatório; só vindo a adotá-lo anos depois.
Hoje, o seguro social é reconhecido no mundo inteiro. A previdência Social, propriamente dita, consiste num sistema de Seguro Social, entretanto, o alargamento do conceito de Previdência Social tem abrangido outros programas de proteção social, sem, todavia, serem executados pelo Seguro Social.
Quando se diz que Seguro Social é a Previdência propriamente dita é porque, ser previdente significa ter uma visão antecipada de um fato e tomar, no presente, medidas necessárias para superar as dificuldades decorrentes desse fato.
O Seguro Social se caracteriza pela reunião de recursos financeiros de todos os que dele participam para formar o fundo comum que fica a disposição daquele ou daquelas que precisam, em decorrência de um fato futuro previsto.